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terça-feira, 21 de agosto de 2007

Ensaio sobre a Felicidade


Quantas vezes ouvimos que devemos buscar nossa felicidade? Quantas vezes ficamos pensando o que fazer ou o que deveríamos buscar para tê-la? Muitas vezes nos deparamos com um sentimento de falta, algo que procuramos e não encontramos, entristecidos logo acreditamos que toda essa dor é devido a aquele vazio interno, que tentamos sempre preencher para nos sentirmos a maior parte do tempo felizes.
O que é a felicidade? O senso comum talvez nos diga que felicidade reside em nos sentirmos bem, estar sentindo um certo prazer em viver, mas como nos sentiremos bem se estivermos atrasados para um compromisso importante, presos num congestionamento dentro de um carro sem ar condicionado em um dia quente com temperatura de 30ºC? Talvez para ser feliz você pense em comprar um carro novo com ar condicionado ou até sonhar em ter um Helicóptero, mas se você consegue ter seu sonhado helicóptero e num dia especial em que você necessitar ir a algum encontro muito importante e as condições atmosféricas não forem favoráveis para a decolagem a única saída será se dirigir a este lugar de carro. Quando se fala em felicidade pelo viés do sentimento, é quase certo que dificilmente a alcançaremos plenamente porque os fatos muitas vezes não acontecem da forma que gostaríamos e nos frustramos, isso não nos faz sentirmos bem e essa sensação nos envolve levando nosso estado mental a relembrar outros fatos que causam ou causaram o mesmo estado emocional, ou a mesma impressão, logo tudo que parecia um pequeno obstáculo a se contornar se transforma em uma montanha intransponível, então por não conseguirmos lidar com essa falta, esse desejo insaciável, de sentirmos bem nos tornamos infelizes.
Para sermos felizes não precisamos sentir prazer, mas talvez contemplar os momentos bons, os problemas e adversidades não vão cessar e no meio de todo o tumulto que vivemos se quisermos enxergar haverão momentos de boa recordação.A felicidade não é algo que se sinta, mas uma ideologia, um estado frio de espírito, não é um vício similar a nossos sentimentos e emoções, mas e algo inato movido pela razão, é um exercício da consciência, da seleção do mais importante, para isso devemos lembrar que a paixão e todo o sentimento é uma chama que a qualquer sinal de chuva se apaga. Se crer que felicidade é algo que sinta certamente ela irá embora.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Mudança Climática além da Ciência

Lemos vários jornais, assistimos filmes, ouvimos noticias sobre passeatas chegamos até a plantar árvores, tudo contra a mudança climática, aquilo que muitos alunos de ensino fundamental viam com distância nas disciplinas de geografia e ciências no início da década de 90 chegou, como um trovão numa chuva repentina de verão e seu estrondo se espalhou pelas telas dos cinemas, noticias dos jornais, capas de revistas e na boca do povo, de uma forma tão (in)esperada como uma onda de calor que surge e causa secas com grandes incêndios, de uma jeito que alguns já pensam na questão apocalíptica: do fogo do inferno onde haverá choro e ranger de dentes.
O fato é que a mudança climática vem sendo estudada a muito tempo pela ciência, mas como as vezes os interesses do capitalismo estão acima da existência do ser humano e conseqüentemente da existência de si mesmo, o assunto foi tratado como algo alarmista e sem fundamento, como vimos nas políticas do governo de George Bush de calar a comunidade científica norte americana envolvida nas pesquisas sobre o aquecimento global a algum tempo atrás, de uma forma repressiva.
Hoje vemos um grande número de pessoas querendo promover uma mobilização a respeito das políticas a serem tomadas em relação a questão climática, como sempre muitos estão querendo se promover em cima de uma boa causa, que está bem cotada na mídia, pois quando há uma questão que envolve o imaginário popular, principalmente por seus possíveis efeitos catastróficos, a curiosidade humana é incitada e quem sabe se as coisas começarem a piorar não surjam seitas messiânicas embasadas num breve fim da humanidade.
Muito se fala agora sobre as mudanças climáticas, mas poucas são as ações dos governos e sempre quando se fala em mudar alguma coisa a incompetência e o comodismo geram juntas mecanismos de pressão em relação a população, para isso são utilizadas propagandas enganosas a respeito do desemprego e seus agravantes sociais, visando demonstrar que qualquer atitude que fosse tomada por parte governamental causaria impacto negativo na economia.
Os interesses do capital, as vezes ou sempre, são tão irracionais, que são contra seus próprios criadores, que já não sabem mais se desvencilhar de suas criações, ou seja, o próprio homem.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

A cultura das realidades opostas

Quantas vezes ouvimos alguém argumentar que as elites não querem perder suas regalias e para isso não gostariam de ver alguma mudança social significativa, outras vezes ouvimos pessoas ligadas as elites argumentarem que o governo não oferta possibilidades para os empresários criarem mais empregos? Vivemos num mundo de críticas, por um lado a miséria do outro lado a riqueza, no meio o governo prometendo mais do que pode cumprir, esse parece ser o motor das noticias de jornais, das eleições, da vida pública.
Vemos na nossa frente muitas pessoas querendo colocar a culpa em alguém seja quem for, para não carregar o fardo de sua incapacidade de ver além de sua cultura, de sua realidade. Um fato da história atual parece ser aquele de que estamos inertes em nosso modo particular de ver as coisas do mundo, por muitas vezes esquecemos que muitos tem medo e o costume corriqueiro muitas vezes cega nosso raciocínio, transformamos nossas parcas experiências em verdades universais, para nós irrefutáveis. Dá mesma forma que alguns tem medo de perder a sua vida alguns tem medo de perder as suas regalias, assim vemos um mundo de realidades opostas os menos favorecidos lutando por um pedaço de pão e os mais favorecidos com medo de um dia ter que lutar por um pedaço de pão, por mais que se tenha o medo de perder aquilo que temos aumenta na proporção que aumenta nossas riquezas, e as nossas necessidades básicas aumenta tanto quanto nossos ganhos, como aquela musica " a gente não quer só comida, a gente quer comida diversão e arte..."
No entorno dessas relações tentamos encontrar o culpado como numa investigação policial, mas sempre esquecemos de nossos filtros culturais, nossas lentes pelas quais julgamos as coisas, muitas vezes não argumentamos, mas nos defendemos, qual a melhor forma de nos defendermos da pobreza? A resposta dessa questão que certamente virá a cabeça tanto dos menos favorecidos quanto dos ricos, será a de defender o que tem, ou seja a sua forma de ver o mundo e a falta que ele faria se o perdesse. Isso se deve ao medo, qualquer mudança cultural ou econômica por mais que pareça boa causa um pouco de medo.
Nas discussões sobre as desigualdades, muitas vezes surge como argumento a lógica econômica da escassez, mas vemos muitas vezes uma lógica da escassez de raciocínios puros e, no lugar desses, vemos um raciocínio impulsionado pelo medo de perder sua forma de ver o mundo, seu mundo, pois para mudar as coisas postas em jogo apenas uma revolução de idéias, uma mudança do pensamento e é muito difícil mudar um hábito, estamos viciados na cultura do mérito e da conquista que acabamos muitas vezes colocando a miséria do outro como resultado de suas decisões particulares esquecendo que vivemos num conjunto onde todos estão sofrendo influencias uns dos outros constantemente.
Esse modelo de pensamento é cultural, ninguém necessita refletir para tê-lo, pois o adquire do berço, vemos um mundo de poucas idéias, muitas reformas e repetições com retoques de modernidade, mas o mundo continua vivendo sob o jugo da lógica da escassez e das conquistas, alguns dizem que os números não mentem, mas esquecem que o homem inventou os números e os homens se enganam, outros dizem que é quase impossível mudar qualquer coisa e optam por não saírem do lugar, e não lembram que o quase indica possibilidade de sua visão pessimista não se concretizar, assim os ponteiros correm e a hora passa e as coisas na essência não mudam, mas se tornam modernas e giram os motores da história, das capas dos livros e das manchetes dos jornais e o mundo continua seguindo com suas realidades opostas. O que fazer para mudar essa realidade? coloque comentários no blog.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Analisando


Evanescence - Lithium


Muitos podem dizer que as vezes fazemos coisas sem pretensões, mas se algo agrada nossos olhos talvez o inconsciente esteja pretendendo algo.
No vídeo vemos uma paisagem fria e escura,uma estátua, insetos congelados, uma pessoa que caminha por entre a paisagem gelada em alguns momentos está deitada e outros dentro da agua, uma observação interessante é que nesse vídeo a pessoa parece estar sufocada, afogada nas aguas cantando que não quer ficar trancada ou sufocada para o mundo de sua dor, no clip a pessoa parece estar dividida entre os dois lados, pois olha de fora das aguas então depois opta por experimentar a agua e se afogar. O nome da musica é o mesmo de um remédio que serve para estabilizar o humor, e que como a maioria dos remédios psicoativos acaba, de uma certa forma, anestesiando a pessoa para os sentimentos tanto os negativos quanto os positivos. O vídeo mostra de uma forma simbólica aqueles momentos que a dor nos sufoca em lágrimas obstruindo de nossa existência o sopro de alegria que nos anima a vida, então pensamos por impulso em desistir das coisas, se puder notar no final do vídeo a pessoa estava apenas pensando naquela situação, pois a vocalista dando as costas para a agua mostra sua decisão.

fórmula da religião


Não fazendo nenhuma apologia a religião, quero demonstrar minhas ponderações sobre a funcionalidade dela.

A religião me parece em essência uma fórmula projetada para uma aproximação do homem com outros homens, apesar de hoje e durante a história, muitas vezes não cumprir seu papel. A religião surge da necessidade do homem compreender a própria morte, estudando a formação das primeiras cidades veremos que elas se formaram principalmente, em função da necessidade das pessoas se reunirem para sepultar seus mortos, Como? Ainda antes do surgimento das grandes civilizações os homens encontravam se a maioria das vezes em rituais fúnebres e mesmo depois que o desenvolvimento das técnicas propiciaram o aparecimento mais significativo das aglomerações a morte esteve sempre atrelada ao cotidiano dessas populações, por exemplo as pirâmides do Egito Antigo.
A religião se apodera desse fato transformando-o em algo sagrado e dando explicações para esta condição humana. O homem busca a verdade, mas ele procura mesmo a eternidade, quando paramos para pensar em perder o nosso ser, os nossos amigos tudo que construímos, nos entristecemos muito e muitos se desesperam, lembre-se que talvez hoje muitos não pensam muito nisso por causa da religião. A religião nos explica sobre as questões referentes a morte, mas o funcional não é apenas essas explicações mas principalmente os ensinamentos.
O cristianismo pode ser pensado sob a ótica da funcionalidade, O homem para chegar a vida eterna deve morrer para o pecado, então o que é o pecado? Para os judeus o pecado é fruto do desejo que é inato na essência humana, um ímpeto que move o homem na busca por algo. Esse desejo pode dar lugar a um ato pecaminoso se ferir uma moral coletiva ou uma lei, que visa não um bem imediato mas um bem coletivo ou bem comum, seguindo essas regras do cotidiano o homem pode alcançar a vida eterna. O cristianismo em sua tradição prova isso com a ressurreição de cristo, que nas tradições é considerado Deus feito Homem. Mas o que isso significa? De forma não muito aprofundada o cristianismo prova que para conseguir uma condição superior ou morrer para a morte as pessoas devem praticar atos nobres de amor para com as outras pessoas.
Recapitulando a questão do pecado se olharmos a essência dos mandamentos veremos que ele tenta anular o egoísmo nato para criar uma objetividade comum que pacifique as relações humanas, um principio moral de não buscarmos nosso próprio contentamento, mas o contentamento de todos, o sentimento envolvido na religião é geralmente o altruísmo que nos move para buscar um outro ser e construirmos alianças como amigos, namoro e casamento. O pecado é fruto do egoísmo e não podemos escapar todos nós somos egoistas em nossa essencia material, principalmente quando devemos nos alimentar com prazeres dos mais variados desde uma boa refeição até uma companhia agradável, se tivermos as coisas que nos dão prazer como escassas muitas vezes nosso egoísmo falará mais alto e passaremos por cima de princípios morais e éticos, que podemos exemplificar simplesmente como utilizar meios que firam a uma outra pessoa para atingirmos um objetivo, analisando essa questão sobre o ponto de vista religioso, por exemplo o mandamento de não matar, numa sociedade de coisas escassas se pensarmos apenas em nós, ou seja, seguir o desejo não pensaríamos duas vezes em matar alguém para termos nossas necessidades satisfeitas, isso geraria muito mais dor que em cadeia geraria um grande problema, pois estaríamos ferindo o maior bem que existe no homem que é sua vida. A religião assim como a filosofia buscou de diversas formas conciliar o interesse de todos e que nenhum interesse isolado seja maior que o direito do outro de viver com dignidade.
Dado o último exemplo podemos simplificar para finalizar este texto que a religião tenta nos trazer consciência coletiva, não estou falando aqui de interpretações ou de instituições religiosas que muitas vezes não fazem seu papel e ao invés de ensinar a pacificar criam atrito entre as pessoas, mas estou falando que se seguirmos o desejo sempre vamos querer a maior parte para nós e que se pararmos por algum instante para pensar coletivamente ganharemos a consciência de que talvez o maior pedaço deva ir para quem está sem comer a muito mais tempo, não estou dizendo para sair por aí orando mesmo por que eu não tenho religião, mas para pensarmos mais em nossos atos para que eles não provoquem tragédias.
Para pensar: Somos seres conscientes de nós mesmos e dos outros? Somos seres racionais ou emocionais? seguimos mais o que pensamos ou que sentimos necessidade de saciar?

um primeiro olhar

Hoje foi mais um dia meio quente meio frio,ou seja, mais um dia vivido, palavras faladas[...] momentos pensados. Hoje perguntei qual o tamanho da minha ignorância e me assustei não sei nada além de alguns livros que li e alguns anos que vivi. Pensei sobre a mudança no clima, ondas eletromagnéticas, questões sociais, religião.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Para os leitores que chegarem uma reflexão, Serão as pessoas amargas do berço ou são as adversidades da vida que nos deixam com muitos ressentimentos?

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